Eu sei, vou me tornar repetitivo. Já falei aqui nessas colunas sobre inteligência artificial (IA), suas aplicações e tendências. Mas preciso falar novamente. E não será a última vez, já aviso!
Semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "exigiu" que suas agências invistam mais recursos em pesquisa e promoção da inteligência artificial. Segundo a Reuters, Trump assinou uma ordem executiva pedindo mais investimento em IA, por meio da Iniciativa Americana IA. Essa iniciativa visa preparar os trabalhadores americanos para a nova era da tecnologia, onde haverá carros autônomos, robôs industriais, biotecnologia e tudo o que a IA possa atuar.
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Segundo Trump, a ideia é manter a liderança dos Estados Unidos na pesquisa e desenvolvimento de IA, principalmente na industrialização avançada e na computação quântica.
Por aqui, em terras brasileiras, as iniciativas para acompanhar e não ficar para trás na corrida do desenvolvimento e aplicação da inteligência artificial ainda não aparecem, pelo menos explicitamente, nos radares do governo, mas já tem empresa (e grande) de olho nisso.
A IBM, empresa gigante de tecnologia que vem nos últimos anos investindo muito no desenvolvimento de IA, se somou à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para apoiarem a criação do Centro de Inteligência Artificial, dentro do programa do Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) da FAPESP. Segundo a própria Fapesp, a iniciativa, denominada IA IBM-Fapesp, fará parte da IBM AI Horizons Network e será a primeira instituição de pesquisa da rede da América Latina.
Inclusive, estão com uma chamada aberta para projetos de pesquisa sobre IA, nos segmentos recursos naturais (óleo, gás e mineração), agronegócio (inclusive genômica e biotecnologia), meio ambiente e setor financeiro.
Mas o interessante disso tudo é como o mundo está mudando com o avanço dessa tecnologia e como as pessoas estão se preparando para essa mudança. Segundo o site hardware, em uma entrevista para a CBS, Kai-Fu Lee, executivo com passagem na Google China e Microsoft e que comanda o fundo de capital de risco Sinovation Ventures, acredita que, até 2035, 40% dos empregos realizados no mundo poderão ser realizados por algum sistema baseado em IA. Iniciando pelas operações braçais até operações administrativas e média complexidade.
Segundo Lee, o impacto da inteligência artificial será tão grande que poderá ser maior que o impacto da descoberta da eletricidade. Tem noção?
E você, como está se preparando para essa nova era da tecnologia?
Abraço e sucesso
Cristiano Silveira
(https://www.linkedin.com/in/cristianosilveira/)